BNDES realiza seminário de atualização
No dia 17 de dezembro o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes) realizou o seminário “Novas Tecnologias para o Setor Sucroenergético – Principais resultados do PAISS Agrícola”, no Rio de Janeiro (RJ). Lançado em fevereiro de 2014 em uma parceria entre o Bndes e o Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o Plano Conjunto Bndes-Finep de Apoio à Inovação Tecnológica Agrícola do Setor Sucroenergético (PAISS Agrícola) é um estímulo para investimentos em novas tecnologias. O plano têm cinco linhas diferentes e seleciona planos de negócios e fomento a projetos relacionados ao processamento da biomassa oriunda da cana-de-açúcar.
Durante o evento, o diretor da Área Industrial do Bndes, Julio Ramundo, afirmou que, com relação ao etanol 2G, é satisfatória a resposta que vem-se obtendo do setor privado. “Projetamos cerca de R$ 1,5 bilhão e enquadramos R$ 1,9 bilhão, em 35 planos de negócios de 29 empresas”. O diretor ressaltou que, há três anos, o Brasil era reconhecidamente detentor da melhor produtividade na área de combustíveis renováveis do mundo, mas não tinha iniciativas de destaque na tecnologia, que era o etanol 2G.
Em pouco tempo foram estabelecidos planos de negócios da ordem de centenas de milhões de Reais por parte do setor empresarial. Ao final de 2014, comenta Julio, foi possível ter duas plantas etanol 2G funcionando e uma terceira em escala comercial foi aprovada no dia 16 de dezembro, além da planta piloto que foi financiada no Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), em Piracicaba (SP).
As rotas compõem um portfólio de alternativas de desenvolvimento tecnológico, que vão desde plantas totalmente dedicadas à nova tecnologia, mas também as que se acoplam à base produtiva do etanol de primeira geração. “Saímos de uma situação de absoluta inexpressividade para a vanguarda tecnológica. Não há planta de etanol 2G em outro país do hemisfério sul”, comemora Julio.
Para finalizar, Julio Ramundo comentou que foram investidos R$ 1 bilhão em equity em iniciativas da área sucroenergética, devido à visão de que essa é uma oportunidade de transformação produtiva grande nos próximos anos.
Representantes do Ministério de Minas e Energia (MME), da União da Indústria da Cana-de-Açúcar (Unica), da Universidade de São Paulo (USP), e do CTC, também participaram do evento.
Imprensa Sifaeg